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Golpe do boleto falso continua fazendo vítimas; saiba como se proteger

Redação AllowMe
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Conteúdo atualizado em 2 de maio de 2023

Mesmo depois da consolidação do PIX como um dos principais meios de pagamento no Brasil e da digitalização acelerada do segmento bancário, um golpe mais antigo continua fazendo vítimas: o boleto falso.

Recentemente, o assunto ganhou repercussão na mídia porque causou problemas para uma celebridade: o cantor Gusttavo Lima, cujo nome apareceu em órgãos de proteção ao crédito por uma dívida de R$ 6 mil – o protesto já foi cancelado.

“Está comprovado que a situação corresponde a um golpe de emissão de falsos boletos que envolveu o nome de diversas pessoas, entre as quais esteve o nome de Gusttavo Lima. Sendo assim, ele foi apenas uma das vítimas da fraude”, disse a assessoria do artista em comunicado.

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mais de 6 bilhões de boletos são processados por ano em todo o país. Neste cenário, pessoas mal-intencionadas enviam códigos de barra falsos para clientes com o intuito de desviar o valor pago para outras contas.

De que forma acontece o golpe do boleto falso?

O e-mail é uma das formas mais usadas por golpistas neste tipo de fraude. Eles se passam tanto por empresas privadas quanto públicas e induzem a pessoa a pagar débitos falsos referentes a luz, telefone, água, etc.

Além disso, os recorrentes vazamentos de dados são um ativo para os criminosos no boleto falso. Eles podem, por exemplo, interceptar uma cobrança legítima no e-mail do alvo e enviar uma adulterada na sequência.

Quando tomam conhecimento de alguma dívida da vítima em potencial, fraudadores também costumam mandar um boleto falso com uma proposta de renegociação atrativa – e uma mensagem com senso de urgência, para a pessoa pagar o quanto antes e não “perder a oportunidade”.

Como se proteger do golpe do boleto falso?

Golpistas costumam ser muito convincentes, mas sempre existem alguns pontos que o consumidor pode ficar atento para evitar os boletos falsos.

A Febraban inclusive elaborou um documento com algumas dicas para evitar esta fraude. Confira:

Confira os dados do beneficiário:

Todos os boletos precisam ser registrados antes de serem gerados e, para isso, os bancos inserem informações como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador.

No momento do pagamento, serão mostrados os dados do beneficiário (a empresa que receberá o dinheiro). Caso você não conheça ou desconfie que o nome que aparece não é para quem você deveria pagar aquele dinheiro, melhor parar a operação e entrar em contato com a empresa beneficiária.

Não imprima os boletos

Muitas quadrilhas usam vírus bolware para adulterar os boletos. Ele muda os dados do documento, como valor e a conta na qual o dinheiro será depositado, e entra em ação quando a vítima imprime.

Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, a recomendação é não imprimir o boleto e solicitar que o emissor mande o arquivo no formato PDF – além de manter um antivírus instalado.

Confira os dados do banco emissor do boleto

Golpistas costumam cometer pequenos deslizes na hora de criar os boletos adulterados que um usuário desatento pode deixar passar. Um deles é colocar um logotipo diferente da instituição financeira que emitiu o título ou ainda um número do banco.

Para verificar se está tudo certo, basta conferir se os três primeiros números do código de barra correspondem ao código do banco que aparece no boleto.

Use o DDA (Débito Direto Autorizado)

Uma das formas de evitar pagar boletos falsos é aderir ao DDA (Débito Direto Autorizado). Ao se cadastrar, o cliente irá receber a versão eletrônica de todos os boletos emitidos em nome dele. Como o serviço pega as informações direto da Nova Plataforma de Cobrança, não há o risco de o documento ser fraudado.

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