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PIX é seguro? Conheça os 3 “guardiões” de segurança dos pagamentos instantâneos

Redação AllowMe
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O PIX já se tornou uma das principais formas de o brasileiro fazer transações e foi desenvolvido para levar praticidade e facilidade para bons clientes, e não de fraudadores.

No entanto, esta “harmonia” depende basicamente de três entidades, que são as responsáveis por garantir a segurança dos pagamentos instantâneos.

Veja, a seguir, que são estes “guardiões” da segurança do PIX.

Banco Central

O primeiro guardião da segurança do PIX é o Banco Central (Bacen), responsável pela criação do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – que nada mais é do que a infraestrutura de todo o processo. Ou, segundo o próprio Banco Central, a “infraestrutura centralizada de liquidação bruta em tempo real de pagamentos instantâneos que resultam em transferências de fundos entre seus participantes titulares de Contas Pagamentos Instantâneos” e que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana – inclusive fins de semana e feriados.

Logo, toda a operação do PIX depende da segurança do SPI e das regras e sugestões de boas práticas criadas pelo Banco Central para que o ecossistema funcione em harmonia e segurança.

Bancos e Prestadores de Serviços de Pagamentos (PSPs)

São os bancos, fintechs, meios de pagamento e todas as entidades que estão conectadas (direta ou indiretamente) ao SPI para realizar toda a movimentação financeira de pagamentos instantâneos.

Mais de 900 instituições se cadastraram só em 2020 (quando o sistema de pagamentos foi lançado) para operar no PIX, e estes players têm uma grande responsabilidade na prevenção à fraude das transferências do PIX.

Todos os PSPs terão o mesmo nível de maturidade e cuidado que os principais players do mercado já têm? Será que têm motor de risco, fizeram teste de segurança, contam com ferramentas de monitoração, prevenção e segurança? Todos estão prontos para reagir em caso de falhas?

Se a resposta para todas essas perguntas for “sim”, a tendência é que o ecossistema seja bastante seguro.

Usuários finais

Este é justamente o ponto em que foram percebidos os principais alertas de segurança em relação ao PIX ao longo dos períodos de cadastramento de chaves e de uso da plataforma. Houve um grande esforço do Banco Central e dos PSPs para facilitar o processo de adesão ao PIX, mas fraudadores também se aproveitaram do desconhecimento e/ou desatenção de algumas pessoas para aplicarem golpes – principalmente de engenharia social.

Se os usuários finais do PIX não tiverem cuidados com os hábitos on-line e em proteger dados e chaves, naturalmente o ambiente do pagamento instantâneo se torna menos seguro.

“Fazer um PIX é como andar de trem”

João Lins, diretor do AllowMe, usa a seguinte analogia para abordar a segurança do PIX:

“O Banco Central é o regulador, responsável por criar esta ferrovia, implementando os trilhos e determinando o caminho a ser seguido. Os bancos e os PSPs têm que construir seus trens, e alguns deles serão a vapor, outros de alta velocidade… e cada comboio tem que ter cuidado para não sair do trilho. E os usuários têm também a sua responsabilidade durante embarque, viagem e desembarque, para que o ecossistema seja seguro. Se estes três guardiões cumprirem seus papéis, podemos dizer que o PIX está seguro”.

Quando o PIX completou 1 mês de operação, convidamos três grandes nomes do mercado de prevenção à fraude para debatermos o que aprendemos ao longo deste início de jornada. E o consenso de Glauco Sampaio (Cielo), Lee Waisler (Banco Santander) e Victória Brosko (enjoei) foi de que o PIX é seguro! Assista!

Artigo escrito por Felipe Held
Felipe Held é jornalista vidrado por esportes que já viveu o sonho de trabalhar em redações esportivas e entrevistar seus maiores ídolos, mas preferiu fazer esportes em vez de cobri-los. Desde 2015 divide o tempo livre em atuar com marketing no mercado de prevenção à fraude e pagamentos digitais, correr corridas de rua e maratonas, assistir a seriados e estudar a origens de piadas de Chaves, ouvir boas músicas e podcasts e cuidar de plantas. Também criou e apresentou as edições de 2019 e 2020 do Fraud Day e já palestrou em outros eventos do setor. 

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