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É possível calcular o retorno sobre o investimento da prevenção à fraude?

Redação AllowMe
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Até pouco tempo atrás a prevenção à fraude era vista como uma área problema, que atuava mais como “ofensora de conversão”. Ou seja, alguns pensavam que ela estava ali apenas para barrar possíveis compradores suspeitos, que poderiam gerar prejuízo para a instituição. Em linhas gerais, a prevenção à fraude era um “mal necessário”, um custo obrigatório…

No entanto, com a transformação digital e o crescimento exponencial do e-commerce – e consequentemente dos pagamentos digitais – a prevenção à fraude se tornou fundamental para garantir o crescimento saudável da companhia.

Para se ter uma ideia do potencial de crescimento do comércio eletrônico, o Brasil, um país que atualmente tem em torno de 211 milhões de habitantes, observa apenas 3,2% dos gastos totais do varejo com compras on-line. E mesmo com esse baixo percentual, dados da JP Morgan apontam que existe a expectativa de crescimento de 10,7% nas compras on-line por aqui.

Ou seja, estamos falando de um mercado que cresce em ritmo forte e, consequentemente, se torna cada vez mais visado pelos fraudadores. E é exatamente aqui que entra a importância da prevenção à fraude.

Não é só cancelar transações

Muitos podem pensar inicialmente que a prevenção à fraude vai atrapalhar vendas e acabar barrando consumidores de efetuarem suas compras. Mas é bom que se diga que ela não está ali para isso, mas sim para garantir um equilíbrio entre maior conversão e mais faturamento, dentro da menor margem de risco.

Pense por exemplo nos atuais vazamentos de dados noticiados pela imprensa. Já pensou o estrago que os golpistas podem fazer se empresas não pensarem em como se proteger? E nisso estamos não estamos falando só de e-commerces e potenciais pagamentos com números de cartões de crédito válidos… o mesmo vale para informações cadastrais e abertura de contas e cadastros.

Só que há um agravante: recentemente, tivemos mais CPFs vazados do que o total de habitantes do Brasil. Ou seja: dados da maioria da população já devem ter caído nas mãos de criminosos cibernéticos. Uma prevenção à fraude inconsequente poderia optar por fechar o cerco e barrar o máximo de transações (sejam elas pagamentos, aberturas de contas, tentativas de login, resets de senha) possíveis.

Errado, não é mesmo? Isso não só faria a conversão despencar como, tão preocupante quanto, prejudicaria consideravelmente a experiência de um bom cliente tentando fazer um login ou realizar uma compra.

Diante de um cenário como este, setores de análise de risco e de proteção de identidades digitais eficientes fariam o máximo para manter a operação funcionando de maneira saudável, mantendo o equilíbrio entre conversão e risco.

Guardiã do bom usuário

Não se trata apenas de olhar dados estáticos, hoje em dia muitas outras variáveis podem ser levadas em consideração para determinar o risco de uma transação on-line. E há centenas, milhares de métricas que podem ser analisadas – sejam elas coletadas pelos próprios sistemas das empresas como por tecnologias terceiras (como o AllowMe, que é capaz de ajudar com diversas informações sobre o contexto de uso em um site, app ou plataforma, com base nos dispositivos – móveis ou desktops – dos usuários).

Imagine uma cliente acessando a conta digital para realizar uma transferência financeira: as características do acesso desta pessoa à plataforma são similares – incluindo fatores como geolocalização, redes wifi, características do aparelho? Se há uma similaridade importante, será que vale a pena gerar um atrito na jornada? Provavelmente não.

E caso esta cliente tenha acessado a conta digital por meio de um dispositivo até então desconhecido? Melhor bloquear preventivamente o acesso ou tentar uma maneira (sutil) de autenticação, como um token ou uma validação biométrica? Caso esta cliente seja ela mesma e, ainda assim, seja bloqueada… será que ela insistirá em ser cliente deste banco digital? Ou há o risco de ela, inclusive, se tornar detratora da marca?

Nos últimos anos, as principais empresas do mercado estão atentas a casos assim, e muitas áreas de prevenção à fraude se tornaram aliadas de setores relacionados a conversão e experiência de usuário.

É evidente que esta mudança de pensamento não é algo simples, e este entendimento tem seus custos: seja em contratação de novas ferramentas, em pessoas, em desenvolvimentos internos, em tecnologia…

É possível mensurar o retorno sobre o investimento (ROI) da prevenção à fraude?

É exatamente essa pergunta que nós respondemos em nossa AllowMe Session. Trouxemos especialistas para debater como a área de prevenção à fraude deve ser encarada como aliada do crescimento e um fator-chave para empresas que querem ter sucesso no ambiente on-line.

Além disso, abordamos como a prevenção à fraude pode gerar lucro e valor às empresas. Os especialistas do mercado ainda falaram sobre outros temas, entre eles como montar fluxos eficientes de prevenção, e como é possível comprovar ROI (retorno sobre investimento) não só da área de prevenção à fraude como de toda empresa.

Nosso encontro foi mediado por Bruno Pacheco e contou com a participação de Gisele Marquesim (Fraud Prevention Manager – KaBuM!), João Ricardo Cardoso (Fraud Prevention Specialist – Porto Seguro), Wagner Eloia (Fraud Prevention Coordinator – ViaVarejo).

Confira como foi nossa AllowMe Session: Fim do “antivenda”: como a prevenção à fraude gera lucro e valor às empresas?

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