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Prevenção à fraude como geradora de receita: veja destaques da palestra do AllowMe no Fraud Day

Eduardo Carneiro
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A arena da edição de 2023 do Fraud Day foi palco da palestra “Prevenção à fraude como geradora de receita”, com as heads de growth e de produtos do AllowMe, Diana Herrera e Pamella Prevedel.

Confira neste artigo um resumo do conteúdo repleto de insights e boas práticas apresentado pelas nossas especialistas no maior evento de prevenção à fraude da América Latina!

Três pilares para gerar receita

Pamella e Diana abriram a apresentação falando como a prevenção à fraude deixou de ser considerada uma área inibidora de negócios, bastante questionada pela fricção criada para os clientes e seu impacto negativo nas vendas, para se tornar um pilar estratégico de crescimento sustentável das empresas.

“O próprio Fraud Day é uma amostra da relevância e protagonismo da área. Um evento que começou para 170 pessoas em 2019 e que em 2023 já tem um público de 2 mil”, compara Diana.

Para que a área de prevenção a fraudes seja de fato uma área geradora de receitas, no entanto, a head de growth enfatizou que é preciso uma estratégia estruturada a partir de três pilares: melhor experiência, menos perdas por fraudes e otimização de custos – cada um deles detalhados a seguir.

Melhor experiência

Ter um fluxo ou estratégia que não prejudique a experiência do usuário é fundamental em uma sociedade cada vez mais digitalizada. Segundo o Baymard Institute, quase 70% dos consumidores online abandonam suas compras por causa de uma experiência ruim. Já a taxa de abandono de contas bancárias digitais pode chegar a 40% devido à fricção no processo de abertura de conta, de acordo com o Javelin Strategy Research.

Para melhorar a experiência do usuário, as especialistas destacaram dois pontos: conhecer o usuário (não exigir, por exemplo, biometria facial de um usuário não familiarizado com a tecnologia ou mesmo que use um dispositivo mais desatualizado) e entender o grau de fricção que cada ferramenta gera, além do momento específico da jornada para aplicar ou não validações.

“Quanto mais interação e resposta você pede ao usuário, maior será o grau de fricção. Neste contexto, a análise do dispositivo se tornou extremamente eficiente para a prevenção à fraude porque ela mapeia e analisa centenas de variáveis em milissegundos de maneira silenciosa, sem gerar atrito”, explica Pamella.

Como último ponto da experiência do usuário, a head de produtos do AllowMe enfatizou a importância de contar com um device fingerprint que seja atualizado constantemente e que tenha um alto índice de reidentificação – a capacidade de manter o nível de identificação ao longo do tempo mesmo acontecendo mudanças nas variáveis coletadas, como reinstalações, formatações e trocas de device.

Menos perdas por fraudes

O relatório “Global Fraud and Risk Report 2021-2022”, publicado pela Kroll, estima que a fraude tenha custado às empresas globais cerca de 3,3% de sua receita neste período, o que reforça o desafio da área de prevenção – e como ela pode impactar o resultado dos negócios. Contudo, é importante lembrar que o prejuízo real da fraude vai muito além desta perda efetiva.

“Temos também o custo da análise de risco, ou seja, com ferramentas que não foram efetivas na prevenção, todos os custos associados à aquisição do usuário, como investimento em campanhas de marketing, e o próprio dano à reputação da empresa, que muitas vezes acaba sendo exposta nas redes sociais ou abala a confiança de um usuário que provavelmente não voltará a usar seus produtos ou serviços”, afirma Diana.

Na sequência, as especialistas mostraram um caso real do AllowMe sobre um esquema que cooptou 43 pessoas, incluindo menores de idade, para abertura de contas laranjas em um banco digital. Como se tratavam de rostos ao vivo tirando fotos, a etapa de liveness foi ultrapassada, e a fraude só foi detectada a partir do bureau de faces, que identificou que as faces não pertenciam ao CPF a elas associado.

“A análise do dispositivo poderia tornar estas validações desnecessárias, uma vez que rapidamente identificaria que as 43 contas foram abertas a partir do mesmo device, o que é um comportamento completamente fora do padrão. Isso evita que o fraudador ganhe escala e consequentemente cause mais prejuízo à empresa”, explica Pamella.

Em seguida, a head de produtos do AllowMe pontuou a importância de ferramentas que consigam detectar indícios de spoofing e garantir que o que foi coletado no dispositivo chegue até o sistema da análise de forma íntegra, sem a possibilidade de interceptação graças a criptografia das informações e de uma solução security by design.

Otimização de custos

Sobre o último dos três pilares, Diana chamou atenção para a análise do custo-benefício, ou seja, se as soluções/ferramentas estão estrategicamente posicionadas sem comprometer a segurança do fluxo, tendo o menor impacto na experiência do usuário e não gerando gastos desnecessários com validações.

A head de growth deu um exemplo com o fluxo abaixo de proteção em camadas, desenvolvido pelo AllowMe. “Se eu identifico uma fraude logo na primeira etapa, que é mais barata, não preciso chegar até a última e gerar custos desnecessários à operação”, afirma, antes de ressaltar que empresas de diferentes segmentos naturalmente têm uma composição diferente de fluxo de risco.

As especialistas ainda apresentaram outro case do AllowMe sobre como a análise de device potencializou a biometria facial e fez um banco digital economizar 85% do custo da análise de risco no período de 40 dias – apenas evitando que cadastros fraudulentos alcançassem as camadas de validações mais custosas. Este case está disponível para download aqui!

Planilha de otimização de fluxos

No encerramento, Diana e Pamella presentearam o público presente com uma planilha de Excel desenvolvida pelo AllowMe que facilita a comparação dos custos e trade-off de dois fluxos de prevenção à fraude na jornada de cadastro dos usuários.

Com ela é possível adicionar, trocar ou remover soluções para entender quais delas possuem o melhor custo-benefício – sempre de acordo com o seu modelo de negócio e seu apetite a mais ou menos risco.

Além disso, também é possível calcular o custo total do fluxo de prevenção à fraude e as métricas de aprovação, receita e prejuízo evitado.

Baixe aqui a planilha de otimização de fluxos do AllowMe!

Artigo escrito por Eduardo Carneiro

Eduardo é jornalista formado pela Cásper Líbero e trabalhou ao longo da carreira em veículos como Gazeta, Band, Terra e UOL. Produz conteúdos relacionados à prevenção à fraude, tecnologias e estratégias de proteção aos melhores negócios desde 2019 e juntou-se ao time do AllowMe em 2022.

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